Vereadores apontam falhas em denúncia de eleição da Câmara

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Comissão de Ética  considerou a denúncia, baseada em falsidade documental, vazia e improcedente –

“Continuarei o meu trabalho e voltarei aqui no próximo ano para apresentar os resultados dos bons projetos que temos para Sorocaba”, foi com essas palavras que o vereador Helio Godoy (PRB), pré-candidato a prefeito às eleições de 2016, rechaçou duramente a acusação apócrifa (sem assinatura) de que haveria um acordo de  troca de cargos entre vereadores visando  a eleição da presidência da Câmara Municipal para o próximo ano. Godoy e os demais vereadores citados (Marinho Marte, Antonio Silvano, Irineu Toledo, Wanderley Diogo, Waldecyr Morelli e Luiz Santos) demonstraram indignação e citaram o relatório da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Legislativo que considerou a denúncia vazia e improcedente. Com apoio da Polícia Civil, a Comissão descobriu que o RG apresentado na denúncia não corresponde ao nome que consta na denúncia (João Francisco Queiroz), caracterizando fraude. Os vereadores ficaram indignados com a falsidade da acusação e levantaram a hipótese de ter sido motivada por interesses políticos que iriam além da eleição da mesa diretora da Câmara. 

 
Helio Godoy, por exemplo, lembrou que há muito tempo vendo sendo vítima de boicotes e perseguições, como a ocorrida no ano passado, quando, mesmo depois de ter sido estimulado pela direção do seu então partido, teve a candidatura a deputado estadual impugnada pela Justiça Eleitoral em função de uma manobra de lideranças da própria coligação. 
 
 O vereador também se referiu à recente prisão do advogado José Cabral da Silva Dias, quando atendia um cliente acusado pela Polícia Civil de envolvimento com o tráfico de drogas. “Todos nós ficamos perplexos com a acusação e esperamos que, em algum momento, o próprio Cabral possa esclarecer a situação.”
 

Exonerado na última sexta-feira, Cabral foi assessor do ex-vereador João Donizete (PSDB) e diretor-geral da Câmara Municipal, num total de quase 17 anos, e há oito meses prestava serviços ao gabinete de Godoy, que o convidou justamente em função do seu conhecimento dos trâmites legislativos e experiência como especialista e professor de direito constitucional.

 
A própria Comissão de Prerrogativas da OAB-Sorocaba estranhou as circunstâncias, considerando arbitrária a forma como Cabral foi preso: ao se apresentar à delegacia como advogado para defender um cliente. Segundo a Comissão da OAB, existem fatos estranhos envolvendo a ocorrência que ainda precisam ser esclarecidos.
 
“Depois que lançamos a nossa pré-candidatura a prefeito, anunciando propostas inovadoras e arrojadas para a Governança Pública Municipal, começamos a sentir uma pressão muito grande. E, por isso, tivemos que manter a resiliência e a fé que sempre tivemos para prosseguir trabalhando em prol da comunidade. E não vamos desistir”, observou Godoy, acrescentando que esses episódios, principalmente a denúncia apócrifa aceita pelo Promotor, “podem ter, sim, motivação política. Somos homens públicos e todos nós estamos sujeitos a passar por algo assim, mas  temos dignidade e hombridade para enfrentar problemas e refutar boatos.”