Helio Godoy defende mais investimentos em tecnologia e melhorias no sistema de transporte coletivo de Sorocaba
Na sessão desta quinta-feira, 02/6, o vereador Helio Godoy (PRB) ocupou a tribuna para falar sobre o sistema de transporte coletivo em Sorocaba. Usando como exemplo reportagem do Jornal Cruzeiro do Sul sobre a negociação salarial dos motoristas com as empresas, Godoy disse que, além de garantir boas condições de trabalho aos funcionários das concessionárias, é fundamental melhorar o sistema, com mais linhas e horários, e aperfeiçoar os terminais, para dar mais segurança e conforto aos usuários. “Os dois terminais foram construídos há mais de 20 anos. Recentemente, com aprovação da Câmara, foram criados os terminais de transferência. Mas é preciso ampliar e melhorar o sistema. Os usuários reclamam da falta de estrutura nos pontos, a maioria sem cobertura ou qualquer proteção, o que aumenta a exposição à chuva, ao sol e ao frio. Isso sem falar da falta de iluminação, aumentando o risco de roubos e outros tipos de violência”, pondera o parlamentar, acrescentando que é preciso adotar novas ferramentas e tecnologias de gestão.
No seu entendimento, o Parque Tecnológico tem de ser redirecionado para o
desenvolvimento de sistemas que possam ser utilizados pela Municipalidade. Ele reconhece a importância do Parque como fomentador de pesquisa avançada, funcionando como uma incubadora para o desenvolvimento de projetos para a indústria mecânica, automobilística, médica e farmacêutica, entre outros segmentos. “Mas entendemos que o Parque Tecnológico tem que gerar receita para promover a eficiência da máquina administrativa, gerando tecnologia para a saúde, educação, trânsito e transporte, por exemplo. O Parque foi criado para aproximar universidades e empresas, a primeira com conhecimento e a segunda com capital, promovendo uma sinergia que se transforme em mudanças na vida do município, inclusive promovendo inclusão digital da comunidade”, observa, acrescentando que também pode e deve gerar dividendos para o município. O SAAE, por exemplo, até hoje usa um sistema arcaico que é quebrar ruas para se chegar ao reparo de um vazamento. “O Parque poderia desenvolver uma tecnologia que facilitasse a localização desse vazamento com equipamentos modernos, e também evitasse o desperdício no fornecimento de água à população. Em países desenvolvidos, como na Alemanha, a perda é de 10% apenas e no Brasil a nossa perda é de 40%”.
O parlamentar destaca que “os avanços tecnológicos podem se estender ainda ao tratamento do esgoto na cidade, ao meio-ambiente, à fluidez do trânsito que – com uma frota de mais de 400 mil veículos – já provoca gargalos e congestionamento também fora dos horários de pico. O meio-ambiente, a qualidade de vida do sorocabano, também podem ser beneficiados com o desenvolvimento de novas tecnologias pelo PTS, sem falar da saúde, outro setor que precisa de um eficiente sistema de agilidade e aperfeiçoamento do atendimento à comunidade”.
O vereador destaca que os membros da Comissão de Ciência e Tecnologia visitaram o Parque Digital de Recife em 2015 e testemunharam uma sinergia com o Poder Público, que desenvolve políticas públicas direcionadas à eficiência da gestão municipal. Godoy observa que Sorocaba, ao contrário, está fechando as Oficinas do Saber e reduzindo o Sabe Tudo. “O orçamento de R$ 500 mil para se manter o Parque Tecnológico é o mesmo valor que mantinha o projeto do Sabe Tudo que promovia a inclusão digital e oferecia cursos técnico-profissionalizantes, beneficiando cerca de 30 mil pessoas. E agora está havendo uma exclusão digital da população pela Prefeitura. Temos uma coisa muito bonita que é o Parque Tecnológico, mas sem benefício à população. Onde estão os resultados? Eles ainda não existem”.
Godoy entende que um dos maiores desafios atuais do Poder Público é superar a crise sem comprometer os seus serviços públicos. Para, é preciso uma visão realista. “Ao invés de criar cargos a Prefeitura deveria fazer uma reforma administrativa para ajustes internos, extinguindo e fazendo junção de secretarias e promover cortes de cargos de confiança”.
Enquanto isso não acontecer, a população continuará prejudicada em setores essenciais como saúde, educação e até mesmo os servidores públicos. “Uma situação que poderia ser evitada se houvesse planejamento”, conclui.