Helio Godoy visita famílias nas áreas atingidas por temporal e diz que “expansão urbana e ocupação irregular do solo agravam ainda mais os problemas causados pelas enchentes”
Na manhã desta quarta-feira, o vereador Helio Godoy (PSD), presidente da Comissão de Habitação e Regularização Fundiária da Câmara, percorreu vários locais afetados pelo temporal de ontem, como os Jardins Itanguá, Simus, Esmeralda, Jardim São Marcos, Manchester e Nova Esperança, na zona oeste da cidade.
Há quinze dias, ele esteve no local e já tinha solicitado serviços de limpeza das margens do córrego Itanguá, por causa da preocupação com o aumento no número de casos de Dengue na região.
“Por conta de nossos pedidos, o SAAE havia começado a remoção dos detritos em alguns trechos do córrego, o que pode ter ajudado a diminuir um pouco a gravidade dos problemas causados pelo temporal de ontem”, reconhece o vereador, acrescentando que, “além da limpeza, é preciso maior rigor por parte da Prefeitura na fiscalização, para evitar ampliações e construções irregulares nas áreas de risco e encostas, como constatamos aqui neste local”.
O parlamentar lembra que nos últimos dez anos, mais de duas mil famílias foram atendidas pelo programa de regularização fundiária do município, após identificadas pela defesa civil, sendo removidas das áreas de risco e reassentadas em conjuntos habitacionais como Jardim Renascer e Jardim Tulipas.
“Infelizmente, verificamos que muitas daquelas antigas áreas estão sendo ocupadas novamente e vemos até novas construções sem alvará ou licença de obras”, ressalta.
Segundo moradores ouvidos pelo parlamentar, nunca o volume de águas foi tão intenso como agora. Eles acreditam que o problema seja provocado pelo grande número de novos bairros e moradias na região, o que torna ainda maior a impermeabilização e a consequente diminuição da drenagem no solo, refletindo neste aumento das águas nos leitos dos córregos”.
O vereador concorda: “Esta percepção e constatação dos moradores é possível, sim, o que nos faz ficar ainda mais preocupados com as atuais mudanças no Plano Diretor, que permite ampliação da chamada mancha urbana para as áreas de várzea e de amortecimento das bacias hidrográficas”.