Sonho da casa própria, realidade para poucos, drama para quem precisa morar
Hoje, 23 dezembro acompanhamos evento da prefeitura e assinatura das primeiras 20 famílias sorteadas para morar no Residencial Carandá, em Sorocaba
Este projeto para implantação do residencial Carandá teve início em 2011 e 2012 no governo Vitor Lippi, sendo aprovado pela prefeitura e iniciado suas obras logo no início de 2013, com previsão e entrega para as famílias em 2015 pela empresa Direcional. Os recursos são 85% do governo federal, programa MCMV e 15% do governo do Estado por maio do Casa Paulista, cabendo a prefeitura a logística e projeto dos equipamentos públicos e demanda habitacional (cadastro e sorteio das famílias). Portanto nenhum centavo dos cofres públicos municipais foi utilizado na construção das moradias, nem mesmo terreno.
O empreendimento seguiu rapidamente seu curso até início de 2014. Com a chegada do novo secretário Flaviano de Lima , este paralisou parcialmente o projeto, principalmente as desapropriações para colocação dos equipamentos públicos, escolas e creches principalmente. Segundo alguns funcionários da prefeitura, o novo secretário pretendia atrasar as obras para entregue só em 2016, próximo as eleições e faturar com isso, do talvez ele seria o candidato a prefeito ou vice. Tentou, mas não conseguiu sair candidato, mas as obras e as famílias hoje sofrem. Se é verdade esta notícia dentro da prefeitura, lamentamos em nome das 2560 famílias.
Hoje foi marcada grande festa, mas frustradas pela ausência do governador Alkmin e Ministro das Cidades Bruno Araújo, que ficaram sabendo tempo de cancelar as presenças, pois tratava-se de apenas evento político, sem ao menos chaves ou contratos assinados. Mas a ausência também importante foi de representantes do Banco Brasil, que sendo o agente financeiro que contratou a obra e não compareceu com aos contratos. Portanto, hoje grande frustação das centenas de famílias que foram certas de que assinariam contratos de suas novas casas e pegariam as chaves e programaria mudança. Segundo foi anunciado hoje, só a partir de início de 2017 serão assinados os contratos, sem prazo certo.
Felizmente o Ministro das Cidades, Governador e os agentes do Banco do Brasil não participaram da festa política. Só faltou avisar o povo sofrido que não iria acontecer nada hoje.
Apenas alguns poucos contratos foram assinados com a empresa responsável pelo Plano Técnico Social (empresa PRI, que não é responsável por contratos e nem poderia fazer isso), contratada para receber as famílias e organizar os condomínios, inclusive empresa com passado duvidoso em outros empreendimentos, mas que foi contratada mesmos assim pela prefeitura de Sorocaba, vencendo as empresas concorrentes e idôneas.
Caberia uma explicação do Banco do Brasil pela ausência e no evento político, provavelmente porque os contratos ainda não estão prontos para assinaturas dos futuros moradores.
Sabe-se que só em setembro de 2016 foram liberados terrenos e plantas das futuras escolas para o governo federal, estive lá em Brasília e constatei isso. Portanto foi falha da prefeitura de Sorocaba pelo atraso na construção dos equipamentos públicos como escolas e creches e não das empresas construtoras como se tem dito. O certo é que as famílias vão mudar no próximo ano sem os equipamentos e ter que manter seus filhos nas escolas de origem com enorme custo adicional para as famílias e para própria prefeitura por conta do transporte que será necessário oferecer aos alunos, vans e ônibus.
Diferente destes dois grandes projeto Carandá com 2560 unidades e Altos do Ipanema com 2160 unidades, a partir de 2013 foram dados novos rumos para projetos habitacionais nos chamados “vazios urbanos” , pois em 2013 foi criado a programa “Nossa Casa” dando prioridade aos pequenos conjuntos em vazios urbanos dentro da cidade e perto dos equipamentos como escolas, creches, posto de saúde , etc, como ocorreu com Parque da Mata no Maria Eugenia já construído e entrega para as 320 famílias; Viver Melhor no Betânia também construído e entregue para as 416 famílias; Viver Bem no bairro Cajuru, da mesma forma entregue as 160 famílias, além das 942 casas térreas construídas rapidamente e também entregues para as famílias no bairro Aparecidinha.
Todos estes pequenos conjuntos foram iniciado na mesma época, em 2013, porém todos já entregue a tempos para as famílias. Vale ressaltar que ainda foram feitas tratativas e projetos para duplicação o Rodovia Dr. Emerenciano Prestes até Castelo Branco, ponte sobre o Rio Sorocaba ligando o empreendimento ate´´ a avenida Vinício de Moraes , além de tratativas no DER para obra de um viaduto sobre a Rodovia Dr. Emerenciano Prestes, Km 3, na altura do dos empreendimentos habitacionais.
Estes projetos também ficaram no papel, sem prazo para serem executados, e hoje no evento, nada foi dito ou lembrados pelas autoridades presentes.
Vereador Helio Godoy, foi secretário da habitação em 2013 até fevereiro de 2014.