“A cidade está paralisada e vai sentir ainda mais os reflexos negativos da crise econômica em 2017”, diz Helio Godoy
O vereador Helio Godoy (PRB) voltou ocupar a Tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira, 31, para falar da falta de iniciativas por parte da Administração Municipal no enfrentamento dos efeitos da crise econômica de modo a garantir investimentos principalmente na Saúde, Educação, Esportes e Habitação. “Esta paralisia que verificamos na cidade vai ter reflexos muito mais negativos ainda em 2017”, enfatizou.
O parlamentar vem apontando distorções no orçamento e na LDO há mais de dois anos, mesmo antes de a crise econômica afetar as prefeituras. No último dia 13, por exemplo, durante audiência pública com o Secretário de Finanças, Aurílio Caiado, já tinha manifestado preocupação com a execução orçamentária.
“O superávit de 83 milhões apontado para o primeiro quadrimestre, em vez de comemoração, deve ser motivo de preocupação. É o período de maior recebimento de tributos pela Prefeitura, como o IPTU e o repasse do IPVA. Além disso, houve cancelamento de férias e o fechamento de unidades do Sabe Tudo, Oficina do Saber e redução no horário de atendimento nos postos de saúde. Com isso, as despesas foram menores. Portanto, é um superávit pífio”, avalia. Para Godoy, o saldo deverá ser consumido no segundo quadrimestre e, no último, poderá haver um expressivo saldo negativo. “Como já se fala em adiar as férias e licenças dos servidores, será como uma bomba relógio, que vai explodir em 2017, já na nova gestão.”
Godoy demonstrou ainda preocupação com a garantia do pagamento aos servidores, uma vez que houve expressivo crescimento da folha (atualmente chega a R$ 1 bilhão) e também questionou sobre a liberação das emendas impositivas dos vereadores ao orçamento, a maioria destinando mais recursos para a saúde e áreas sociais. Entre elas, duas de R$ 400 mil apresentadas pelo parlamentar. Uma destinada à Policlínica (principalmente para exames), e a outra para as escrituras de imóveis do programa de regularização fundiária. O vereador destacou que a Câmara pode recorrer judicialmente em caso de não cumprimento das emendas impositivas dos vereadores.
“Infelizmente, ficou comprovada a situação caótica da administração municipal e o comprometimento do futuro dos programas sociais em Sorocaba”, lamentou Helio Godoy.