Helio Godoy prevê aumento da cesta básica com a cobrança de pedágio na SP-264
O vereador Helio Godoy (PRB) ocupou a tribuna da Câmara Municipal nesta quinta-feira para defender uma ampla mobilização política e popular contra a cobrança de pedágios nas rodovias da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), em especial na rodovia João Leme dos Santos, a SP-264, que liga o município a Salto de Pirapora. A praça de pedágio será construída no km 114 e o edital para a concorrência pública das obras será publicado em abril.
A notícia divulgada na última quarta-feira de que o governador Geraldo Alckmin quebrou a promessa feita no dia 1 de abril de 2011 de que não haveria a instalação de pedágios foi vista com indignação pelo vereador. Economista e membro da Comissão de Agricultura e Abastecimento da Câmara Municipal, ele alerta: “A cobrança de pedágio vai impactar negativamente na agricultura regional, encarecendo os produtos fornecidos pela Ceagesp, que é um dos maiores entrepostos do interior.A feira-livre e os produtos da cesta básica também ficarão mais caros para a dona de casa”.
O vereador lembrou que a Ceagesp abastece ainda supermercados da cidade e região e que esse será um outro segmento da economia que vai sentir os efeitos negativos do aumento do frete no transporte de hortigranjeiros. Godoy também cobrou um posicionamento dos deputados estaduais locais contra a iniciativa do Palácio dos Bandeirantes. “Esse assunto não pode ter sido aprovado sem o conhecimento deles e, por isto, devemos cobrar as suas manifestações”.
Helio Godoy (PRB) é coordenador da proposta de criação do Parlamento Metropolitano, iniciativa que lançou em 2014 quando da criação da RMS. Ele defende uma ampla mobilização de vereadores das 26 Câmaras Municipais que compõem a Região Metropolitana para debater assuntos de interesse coletivo. “O governo do Estado já realizou uma audiência pública em Capão Bonito para apresentar a cobrança de pedágios, ou seja, evitando trazer essa discussão para a nossa região. Essa é uma prova da forma ditatorial como esse governo trata a nossa cidade e não podemos nos calar diante disso”.
O parlamentar ainda disse estranhar como o governo municipal e estadual agem de forma impositiva para tratar de assuntos importantes e que afetam a a toda a população, a exemplo do que aconteceu com a proposta de reorganização do ensino, amplamente rejeitada pela sociedade . “Estamos num momento de economia fragilizada, inflação chegando a dois dígitos e o encarecimento do transporte.
Sobretudo os mais simples e os pobres são os que mais sentem os efeitos da crise, do desemprego e da alta dos preços. São os mais prejudicados e, por isso, queremos aprofundar o debate entre os 309 vereadores da Região Metropolitana, mostrando a nossa indignação e cobrando o governo do Estado”.