Godoy acusa Prefeitura de omissa e retrocesso do município
“Sorocaba está na contramão do desenvolvimento e este é um fim de ano melancólico para o governo em prejuízo da população”. Com estas palavras o vereador Helio Godoy (PRB) se pronunciou na tribuna da Câmara Municipal nesta quinta-feira que é a última sessão ordinária de 2015 e antecede, no próximo dia 15, a sessão que escolherá o novo presidente do Legislativo.
Godoy também criticou a falta de sensibilidade e de planejamento da Prefeitura ao decidir impor regras mais rígidas na prestação de contas de entidades assistenciais, o que provocou a suspensão do repasse de recursos. Durante a sua fala o parlamentar leu um discurso fazendo uma profunda análise da situação econômica do município e os caminhos que o Poder Público poderia seguir para aquecer o mercado local e regional como sede de Região Metropolitana. “Mas ao invés disso temos 20 anos de fracasso do PSDB na cidade”, reforçou para afirmar.
“Com essa triste iniciativa dá a impressão que a Prefeitura cria uma cortina de fumaça para gerar economia e, assim, reduzir os convênios de forma disfarçada, ou seja, criando regras mais rígidas. Isso significará menos vagas em creches, menos pessoas portadoras de deficiência atendidas, impactando negativamente na saúde e edução, outros dois setores que estão sofrendo com a falta de iniciativa do governo”.
Godoy citou editorial do Cruzeiro do Sul desta quinta-feira que repercute o fechamento de 32 unidades do Sabe Tudo e que oferecia cultura digital e cursos técnico-profissionalizantes para mais de 30 mil pessoas.
“Ao invés da Prefeitura buscar parcerias com empresas e instituições como o SEST-SENAT, Senai, Sindicatos de trabalhadores e patronais, SESI, empresas como a Toyota e abrir-se para alternativas, preferiu o caminho mais fácil. A nossa cidade está andando de marcha à ré, na contramão e se a alguma coisa não anda em Sorocaba é graças ao Executivo que não consegue administrar a cidade a bom termo. Isso é incapacidade de gestão e falta de planejamento”, sentenciou Godoy.
“Estamos num período de forte desemprego e crise econômica no qual o governo poderia buscar parcerias para gerar renda, oferecer qualificação profissional e mais emprego”.
Godoy citou os dados estatísticos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE de 2013, revelando que o Brasil registrou 13 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, representando 8,3% dos habitantes no país. E na faixa entre 40 e 59 anos a taxa é ainda maior (9,2%) sendo que a região Sudeste concentra 24,2% do total de analfabetos no Brasil.
O vereador ainda frisou que o descompasso de investimento na educação fere até mesmo o proclamado pela UNESCO que, através do Fórum Mundial sobre Educação, realizado em maio deste ano na Coreia do Sul, exigirá maior atenção dos governantes nas políticas públicas que diminuam o analfabetismo no mundo. Em Sorocaba, segundo dados de 2012, haviam 5.400 crianças fora das escolas.
Diante desses números o parlamentar lembrou que “Sorocaba está perdendo a oportunidade de ter uma política pública educacional transformadora, a partir de sua infraestrutura, se deixando levar pela mesma política do governo do Estado que anunciou um projeto de reorganização do ensino, sem ouvir pais e alunos, com o fechamento de escolas e transferência de estudantes das escolas municipais para escolas estaduais. “O governo veio com essa malfadada iniciativa e o município embarcou na mesma política do PSDB. O Estado já desistiu da proposta e a Prefeitura permanece em silêncio”, reclamou Godoy.
O vereador ainda frisou que o descompasso de investimento na educação fere até mesmo o proclamado pela UNESCO que, através do Fórum Mundial sobre Educação, realizado em maio deste ano na Coreia do Sul, exigirá maior atenção dos governantes nas políticas públicas que diminuam o analfabetismo no mundo. Em Sorocaba, segundo dados de 2012, haviam 5.400 crianças fora das escolas.
Godoy ainda destacou que a Prefeitura escolheu não se posicionar até esta quinta-feira, como ele havia cobrado na sessão da última terça-feira, isto é, desistindo da reorganização da educação em Sorocaba, a exemplo do que anunciou no começo da semana o governador Geraldo Alckmin.
“A omissão da Prefeitura na saúde já era conhecida e agora isso afeta a educação e as entidades assistenciais que sempre exerceram um trabalho exemplar na cidade. Infelizmente, este está sendo um fim de ano melancólico para o governo”, finalizou.